quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Exemplo

Quando o líder político é sábio, ele sente prazer em tomar decisões e realizar suas ações com transparência diante dos seus seguidores (assessores e eleitores), porque sabe que este é o seu mais importante legado, o seu significado na história e o modelo a ser imitado por muitos. É o melhor meio de melhorar o mundo. Aquele que se engana num abismo entre ser e parecer... O líder que, envergonhado por seus sentimentos mesquinhos e postura correspondente, recorre à hipocrisia... Usando uma máscara para esconder o que realmente é, queira ou não, jamais conseguirá esconder dos assessores mais íntimos. Um dia a máscara vai cair e será conhecido por todos. Porque a projeção de imagem pessoal ou política é como uma pedra que cai no meio do lago: cria ondas que demoram pra chegar à margem, mas um dia chegam. Além disso, atos falhos podem escorregar de sua fala ou de seus gestos, geralmente ocorre em eventos de muita repercussão. Aconselho aos que não combatem o egoísmo, os que procuram escondê-lo, que busquem ajuda psicológica e espiritual, e se capacitem melhor para a nobre atividade de liderar. A quem tem convicção de seu idealismo e segue pelos caminhos produtivos da virtude, deve procurar abrir as cortinas, tirar o véu... Hoje com sites de relacionamento, poderá prestar contas aos eleitores em tempo real, exprimindo seus sentimentos sobre os fatos, informando e emprestando sua visão para a observação popular sobre as ações governamentais. O mesmo indico aos que estão fora do poder, compartilhando com os seguidores a sua opinião sobre os diversos assuntos políticos e sociais.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Autoridade

A verdadeira autoridade é aquela em que nenhum jogo de poder é exercitado na relação entre o líder e seus liderados. É quando o seguidor o faz por confiança e convencimento do caminho apontado pelo líder. É quando aquele que lidera mantém uma postura servidora e não opressora sobre os seus liderados. Feliz do candidato a um posto de executivo que reúne apoios durante a campanha com autoridade natural, pelo convencimento do seu discurso, pela verdade contida na sua mensagem, e quando assume o poder continua com a mesma postura. Por que alguém abriria mão do que o fez vitorioso? Trocar a capacidade de atrair seguidores e de inspirar confiança pela força da caneta ou do poder econômico seria uma péssima escolha. Ao longo do tempo, deve o governante estar atendo para o que semeia. Deve agir assim com os servidores públicos e, principalmente, com o público. O respeito na hora de pedir votos deve ser o mesmo na hora de ouvir críticas, cobranças das promessas e justas reivindicações. O compromisso com o eleitor não pode ser violado.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Inteiro

O homem (ou mulher) produto do mundo moderno tem uma tendência a ser pasteurizado, ou seja, frio, calculista... Terapeutizado por exigência da sociedade... Se ele chora e se diz triste está com depressão. Alguém logo receita um antidepressivo, se não um tranqüilizante para dormir e, assim, evitar o choro, fugir do sofrimento. O medo das emoções leva esse homem a se proteger da própria felicidade. Ninguém lembra mais que existe a melancolia, enfatizada por grandes poetas como um nobre sentimento, nem que há um coração que, quebrantado, oferece a situação ideal para a busca da verdade íntima em integral reflexão (racional, emocional, espiritual). Sua alma é blindada, “tem um peito de lata, um nó de gravata no coração”. Acontece que um líder com essas características, cujo perfil é de pragmático, sem emoção, por si só, não desperta paixão e o potencial de atrair seguidores é mínimo. Neste cenário, há espaço de sobra a um líder dotado de paixão e propósito. Alguém que traz no peito uma fonte de sentimentos positivos que motivam o idealismo capaz de unir um grande numero de pessoas e seus esforços voluntários em prol do bem comum. O mundo tem carência desse completo homem, dessa mulher total.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Oposição

O líder político que deseja se livrar dos seus oponentes não sabe o benefício que eles lhe fazem. A oposição política tem um valor extraordinário na rotina de um governo. A começar pela busca da verdade... É como a antítese fortalecendo a tese. Alguém é dono da verdade? Não seria o debate político o melhor meio de se enxergar o caminho do bem comum? E quem só quer ganhar, independente de que lado esteja, não deveria entrar para a política, onde a complexidade desafia a lógica e, mais ainda, o egoísmo. A política é repleta de mistérios. Melhor gostar do processo porque não parece ter fim: não se iluda com uma vitória porque pode ser o começo de uma derrota, como também a derrota pode ser o começo de uma vitória. Respeitar o adversário político é inteligente. Valorizá-lo é sábio. A oposição atuante provoca a união do seu time e, portanto, fortalece suas fileiras. A oposição questiona e, por isso, faz com que você busque mais argumentos e amplie sua convicção (ou volte atrás com aquela idéia tola). A oposição motiva e deixa o seu governo atento. Oferece oportunidades de você corrigir falhas. Melhor conviver com a oposição durante o governo do que ser surpreendido no processo eleitoral. “Treinamento difícil, tarefa fácil”, disse-me, certa vez, um alto oficial do exército brasileiro. Então, vou além: ame o seu inimigo. Sem bandido, não há herói.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Brasil

A vitória do amor é visível na evolução brasileira. E vou dizer porque... Muitos países cresceram com a concentração dos esforços na disciplina, mas cresceram às custas de tristeza, dizimando gerações em guerras e outras crises de relacionamento humano. Outros países se desenvolveram com investimentos pesados em Educação (nada contra, ao contrário, acho até que devemos investir mais), mas transformaram o conhecimento em escravidão e a produção virou o objetivo principal (não a vida) e a maioria acaba trabalhando que nem robô. Roubaram-lhe a vida!! Então, ficam os olhos do mundo admirando a nova potência mundial... A inveja produz a tristeza e uma admiração equivocada. “Aquele país sim é desenvolvido, pois tem o trem-bala”, diz alguém, triste por apontar que aqui não tem nada disso. Não atenta para o fato de que o trem-bala rouba a paisagem do passageiro e torna a vida dele mais dedicada à produção (trabalho/dinheiro) do que à apreciação da vida. As paisagens do Brasil, francamente, não merecem um trem-bala (embora eu ache que teremos, um dia), mas o bom mesmo era um bondinho... Muitos, que nem os de antigamente (da Lapa) ou como o do Pão de Açúcar... Porque aqui a gente pode se divertir, enquanto se desenvolve devagar e sempre. Há miséria? Sim, mas estamos superando isso, desenvolvendo também a solidariedade, e a nossa pobreza trabalhou nossa humildade a ponto de sermos hospitaleiros, e dos mais simpáticos do mundo. Há analfabetismo? Sim, e também o pior deles, o político, mas estamos superando isso também com bom humor, dando risada, fazendo piada, vivendo... Tem uma camada social que sofre por falta de recursos, sim, é aquela que produz os sambas e os forrós mais belos, as músicas mais alegres do mundo. Isso não justifica a fome e, graças a Deus, os índices estão melhorando. Mas não estamos matando gerações para que isso aconteça. Tudo acontece com a lentidão necessária para ser bem estruturado, um desenvolvimento equilibrado. Quando Sérgio Buarque classificou o brasileiro de “um povo cordial”, na verdade, ressaltou o fato de que, entre os povos do mundo, era o mais desenvolvido em "amor ao próximo", que resulta em cidadania da melhor espécie (não por mera responsabilidade). Porque o amor diminui a ambição (ainda bem), mas torna a vida mais agradável. O Brasil tem muitas imperfeições, mas isso é próprio de uma sociedade humana e todos os países têm as suas. O bom é que o bom do Brasil é mais apropriado para viver. E o que há de melhor que viver???

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Presidente

O legendário presidente americano Abraham Lincoln deixou um legado fabuloso na cultura da sua Nação. Assassinado à queima-roupa em 14 de abril de 1865, num camarote do Teatro Ford, seis dias depois de conquistar a vitória na Guerra Civil, preservando a União e a libertação dos escravos, Lincoln foi um presidente-herói, conhecido pelo caráter irrepreensível e grande capacidade de articulação. Inspirado pela Bíblia, único livro que lera em sua juventude, que aliás estudou a fundo, fez discursos eloqüentes e, por conta deles, obteve apoio popular que lhe deu capacidade de enfrentar os inúmeros inimigos, inclusive do próprio Partido Republicano. Além de alimentar sua retórica com qualidade, a Bíblia orientou o presidente no caminho da justiça social e da igualdade entre os homens. A guerra foi inevitável, apesar de seu enorme esforço em negociar com os estados rebeldes. A sua história, sua postura como presidente e autêntico líder político, produziram frutos para a história americana. A honra de uma Nação depende do caráter dos seus governantes. Não adianta um presidente conquistar grandes feitos, usando métodos desonestos ou com tirania (desrespeito à democracia). Porque o exemplo dele será mais importante para o povo do seu País do que as prováveis conquistas que ele possa alcançar. Lincoln conquistou com coragem e sabedoria a libertação dos escravos, mas sua dignidade inspirou toda a Nação até hoje e por muito tempo além. Com esse filme (que estréia no Brasil em 25 de Janeiro), o presidente motivará também líderes de todo o mundo. Pode conferir...

sábado, 5 de janeiro de 2013

Armadilha

"Se quiser conhecer verdadeiramente um homem, dê-lhe poder". Disse o louvável presidente americano Abraham Lincoln. Sabemos que o poder é uma grande prova de caráter porque muitos usam a estratégia de fingir benignidade com o objetivo de ganhar a confiança das estruturas democráticas e conquistar com boa imagem o tal poder. Uma vez obtido, o lobo tira a pele de cordeiro e mostra quem verdadeiramente é. A democracia deveria impedir a tirania e a desonestidade porque, pela lógica, o governante deve manter a boa imagem, do contrário não se reelege ou não elege seu sucessor. Existem os jogos de cena e a imagem pode ser projetada com maquiagem, mas não por muito tempo. O problema é que até acontece a alternância de poder, mas o sucessor muitas vezes carrega o mesmo despreparo moral. E resulta em mais prejuízos para o povo. Sugiro a todos que sentem a vocação de líder e que pensam em ingressar na política que, antes, desenvolvam a espiritualidade, revisem seus princípios e a sua obediência aos preceitos do Criador. Evitem alcançar o poder, antes de conhecer o poder e o amor de Deus. Ou pode deflagrar ou manter um longo processo de sofrimento para muitos. O governante deve também atentar para os outros níveis de poder abaixo, estes nomeados por ele. Um simples chefe de setor pode ser um opressor ou corrupto, resultando também em péssimas conseqüências para o seu mandato que deveria ser honrado e eficiente. Um verdadeiro líder inicia sua obra com um sentimento forte de amor ao próximo, com fidelidade a uma bandeira de luta pelo bem comum e, portanto, com sensibilidade e melhores motivações emocionais para evitar a armadilha da soberba que o poder exerce. Lincoln foi um bom exemplo.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Paciência

Em todas as culturas, a paciência é exaltada como um dos mais importantes frutos da sabedoria. Não é por menos porque a capacidade de esperar com resignação está ligada umbilicalmente à humildade, certamente a raiz dessa árvore. Um bom líder político aprende cedo a ser paciente porque as experiências desastrosas com o resultado da ansiedade são inesquecíveis. A ansiedade, na política, precede as decisões mais danosas. Conduz um candidato a se defender do que não é acusado, denunciando a própria culpa. Induz um governante a precipitar o anuncio de uma conquista antes de se consumar o processo, envergonhando-se depois por ter que voltar atrás e se retratar à sociedade. A paciência, no entanto, oferece ao líder o ambiente favorável a consultar seus conselheiros, analisar todas as opiniões e tomar a medida mais sensata. Saber lidar com o tempo é o desafio de todos os mortais, em todas as atividades, inclusive na vida pessoal. Para isso, é preciso muita humildade.