quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O imponderável


A excessiva valorização das pesquisas eleitorais quantitativas, da forma como é apresentada para os eleitores pela mídia, desvia o debate político para uma espécie de corrida, produzindo uma visão superficial do processo. Os candidatos investem tempo, dinheiro e esforços para dizer “estou na frente”, “vou para o segundo turno”, “estou subindo, vou chegar, vou passar”... Em vez de se posicionar sobre os diversos temas da administração pública e, principalmente, de tornar claro o espírito do pretendido governo. Esse comportamento flagra que até os candidatos e seus assessores se perdem no processo, observando como torcedores, a movimentação dos números na estatística da opinião pública. Vejo que alguns se abalam com os resultados das pesquisas da semana. São os mesmos que festejaram os da semana anterior. O candidato que diz “não acredito em pesquisas” é o mesmo que adora falar delas, quando está na frente. Porque não é o caso de acreditar ou não. Os institutos não manipulariam os resultados porque qualquer pesquisa feita pelos próprios candidatos ou encomendadas pelo órgão de comunicação rival desmascarariam os números forjados. As pesquisas encomendadas por alguns candidatos, sim, quando o instituto não preza pela reputação e prefere o dinheiro imediato do que a credibilidade da empresa. Já vi muitos casos de candidato pedir para alterar números com o intuito de mostrar até aos assessores mais próximos, como forma de encorajá-los na disputa e, assim, não perder apoio de prováveis oportunistas, do tipo que fugiria ao primeiro sinal de naufrágio. O cerne da questão é que uma pesquisa quantitativa é mera fotografia (ou radiografia) de um momento. Todos sabemos que política é dinâmica e que os fatos acontecem. Um fato novo pode mudar o resultado. Um acerto ou (e principalmente) um erro de comunicação pode mudar o quadro, de repente. Uma descoberta, por exemplo... A conclusão de uma investigação... Ou mesmo uma fatalidade, como a do Eduardo Campos. Devemos lembrar que a política é como a vida, ainda mais intensiva: o imponderável pode mudar os rumos das coisas a qualquer momento. Tenho orado muito pelo Brasil e sinto no coração (venho dizendo isto, neste blog, desde o ano passado) que Deus vai oferecer ao país uma grande transformação, a partir destas eleições. Assim, como espero em Deus o porvir nesta terra e no Reino dos Céus, tenho fé de que o Brasil será uma grande nação, um exemplo para todo o mundo.

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